Governo do Distrito Federal
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10/02/22 às 11h19 - Atualizado em 10/02/22 às 11h19

DF registra inflação de 0,49% em janeiro de 2022

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Apesar da alta, a variação foi a quarta menor dentre as regiões pesquisadas pelo IBGE

 

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Distrito Federal, calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), apontou alta de 0,49% no primeiro mês de 2022, sendo o percentual mais alto para janeiro desde 2017 (0,77%). No entanto, a variação dos preços em Brasília foi a quarta menor entre as regiões pesquisadas pelo Instituto e permanece abaixo da média observada nacionalmente (+0,54%).

 

Os responsáveis pela pressão inflacionária no mês, foram os setores de Alimentação e bebidas, com variação de 1,33% e acréscimo de 0,22 ponto percentual (p.p.) no índice geral, e Habitação, com alta de 1,10% e contribuição de 0,15 p.p.. Entre os alimentos, o índice esteve centrado na Alimentação fora do domicílio (+0,05 p.p.) e em Tubérculos, raízes e legumes (+0,04 p.p.), onde as maiores variações foram notadas em produtos como a Cenoura (40,17%), o Alface (9,95%) e o Pimentão (9,89%). No grupo de Habitação, os subitens em destaque foram a Energia elétrica residencial (+0,07 p.p.), Aluguel residencial (+0,04 p.p.) e Gás de botijão (+0,02 p.p.).

 

O grupo de Transportes (-0,25% ou -0,06 p.p.) ajudaram a segurar a inflação da Capital em janeiro, principalmente, em função da queda observada no valor da Gasolina (-2,01% ou -0,19 p.p.) e nos preços da Passagem aérea (-14,37 % ou -0,16 p.p.). Vestuário também registrou deflação com variação negativa de 0,5%, o que reduziu em 0,02 p.p. no índice geral.

 

IPCA POR FAIXA DE RENDA

 

O índice por faixa de renda, calculado pela Codeplan para o Distrito Federal, evidencia a forma como os diferentes estratos sociais são afetados pela inflação. Neste mês, o indicador revelou que os 25% mais ricos da capital do país perceberam uma inflação de 0,10% em janeiro de 2022 e os 25% mais pobre tiveram incremento de 0,56%. A diferença de impacto se deve justamente à diferença de pesos que produtos como alimentos, energia elétrica e transportes possuem na cesta de consumo dessas famílias.

 

ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS DO CONSUMIDOR (INPC)

 

No DF, a inflação mensurada pelo Índice Nacional de Preços do Consumidor (INPC), obteve aumento de preços de 0,66%. O percentual superou o do IPCA, pois os grupos com variações positivas mais significativas possuem um peso maior na cesta de consumo do INPC, enquanto itens que ajudaram a atenuar a alta de preços, como é o caso da Passagem aérea, possuem uma participação menor no orçamento das famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos. O padrão de contribuições, no entanto, foi o mesmo apresentado pelo IPCA. Entre as regiões pesquisadas pelo IBGE, a magnitude de aumento dos preços na Capital é a sétima menor e, novamente, ficou próxima à da média do país (+0,67%). (Vale lembrar que o INPC mensura a inflação para as famílias que recebem de 1 até 5 salários mínimos).

 

A pesquisadora Jéssica Milker, da Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, analisa que: “Em 2022, as perspectivas são de que a meta de inflação será rompida pelo segundo ano consecutivo. Isso porque os principais fatores de pressão inflacionária conferem um aspecto persistente à subida dos preços. A escassez hídrica influencia não apenas as altas dos preços da Energia elétrica residencial, mas também os custos produtivos de diversos bens e serviços. Ao mesmo tempo, problemas climáticos causam prejuízos às lavouras e induzem ao aumento de preços dos alimentos. Ainda há outros fatores que podem agravar essa situação como a instabilidade política do ano eleitoral, a possibilidade de aumento do gasto público e uma alta de juros nos Estados Unidos. O principal fator para desacelerar a inflação é o aumento da Taxa Selic via desestímulo ao consumo e ao investimento, porém que também acaba freando a economia.”

 

Reportagem:  Assessoria de Comunicação Social – Codeplan

Foto: Toninho Tavares, Agência Brasília

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