Governo do Distrito Federal
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13/01/21 às 12h55 - Atualizado em 18/02/21 às 14h21

Distrito Federal fecha o ano com a quarta menor inflação entre as regiões pesquisadas

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Com o resultado, a Capital Federal encerrou o ano com 3,40% na inflação de 2020, o menor percentual anual desde 2018

 

No último mês de 2020, a inflação de Brasília registrou alta de 1,12% nos preços, conforme aponta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), sendo o quarto menor entre as regiões pesquisadas. Com o resultado, o Distrito Federal acumulou alta de 3,40% na inflação de 2020, registrando a menor variação entre as regiões pesquisadas e o menor percentual anual desde 2018 (+3,06%).

 

Dos nove grupos pesquisados, oito registraram inflação em 2020. Os grupos que obtiveram destaque entre os de variação positiva foram: Alimentação e Bebidas (+1,80 p.p.), Habitação (+0,41 p.p.), influenciado pelo comportamento da energia elétrica, e Saúde e cuidados pessoais (+0,40 p.p.), enquanto Vestuário (-0,04 p.p.) foi o único a contribuir para que a alta anual não fosse ainda maior.

 

Em termos de subitens, o Óleo de Soja (+119,24%), Arroz (+72,14%), em resposta ao aumento das exportações estimuladas pela desvalorização do Real em relação ao Dólar e a consequente contratação da oferta no mercado nacional, e o Tomate (+51,64%), em função de uma oferta menor do produto, alcançaram as maiores variações positivas. Em contrapartida, a Passagem aérea (-20,01%), juntamente com o Transporte por aplicativo (-18,71%), foram os que apresentaram as maiores quedas nos preços na Capital Federal no ano de 2020. Evidenciando que a maiores altas do ano foram no ramo alimentício e as maiores quedas no grupo de Transporte.

 

As maiores contribuições positivas para a inflação anual, levando em conta a representatividade dos produtos na cesta de consumo local, foram dadas por Lanche (+0,22 p.p.), que, entre outras causas, reflete o aumento dos preços dos produtos alimentícios; Automóvel novo (+0,18 p.p.), cuja demanda cresceu influenciada pelos juros baixos e o receio de usar o transporte coletivo, por conta da pandemia, de acordo com a Associação das Empresas Revendedoras de Veículos do Distrito Federal (Agenciauto); e Refeição (+0,15 p.p.). E as contribuições negativas do ano ficaram por conta das Passagens Aéreas (-0,31 p.p.), dado a contratação da demanda superior à oferta de voos; Hospedagem (-0,06 p.p.) e Móvel para quarto (-0,05% p.p.).

 

Já o Índice Nacional de Preços do Consumidor (INPC) do DF apresentou inflação de 1,21% em dezembro, ficando novamente acima do percentual do IPCA da Capital. No decorrer do ano, Brasília observou alta de 4,22% nos preços praticados no mercado local, valor inferior ao registrado no país (+5,45%).

 

O percentual é resultante da mesma dinâmica de grupos apresentadas na análise do IPCA. As maiores contribuições positivas foram na Alimentação e Bebidas (+2,14 p.p.), Habitação (+0,66 p.p.) e Transporte (+0,40 p.p.), enquanto Vestuário (-0,08 p.p.) auxiliou na contenção da inflação mensurada pelo INPC de 2020.

 

No geral, o INPC registou variação positiva mais intensa pelo fato dos grupos que tiveram as altas mais expressivas em 2020 terem uma participação maior entre as famílias de renda mais baixa (até cinco salários mínimos), pesquisadas no INPC, que as investigadas no IPCA (até 40 salários mínimos).

 

Para Clarissa Schlabitz, Diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas, o aumento do INPC em relação ao IPCA gera preocupação, uma vez que as pessoas com menores rendas ficam sem margem para consumo de outros produtos. “Quando olhamos pros dados do INPC, vemos que a inflação foi bem maior que a do IPCA, de forma que percebemos que, de fato, estamos gerando pressão em produtos que tendem a atingir aqueles que têm menor renda, e isso é perigoso porque eles acabam não tendo margem para consumir outros produtos. Se aumentam as despesas com o que eles não podem deixar de consumir, são obrigados a parar de consumir o resto.”, declarou a Diretora.

 

Com o resultado abaixo da meta imposta pelo Banco Central (+4,00%) em 2020, o DF conta com uma nova meta de inflação para 2021. “Para esse ano, inauguramos uma nova meta de inflação, que passa a ser 3,75% ao ano, reduzindo nosso centro de meta e estabelecendo os intervalos inferior e superior em 2,25% e 5,25%, respectivamente.” finalizou Clarissa Schlabitz, Diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas.

 

Já no mercado atacado, se tratando do Índice CEASA do Distrito Federal (ICDF), apesar do último trimestre de 2020 apresentar a maior variação do ano (12,66%), o mesmo registrou redução de (-2,64%) na média geral dos preços em dezembro quando comparado ao mês de novembro.

 

Dos produtos comercializados, o setor de frutas obteve uma apreciação de 1,01%; o de legumes apresentou uma redução de -11,31%; as verduras, uma queda de -5,87% e ovos e grãos permaneceram em estabilidade.

 

Reportagem: Kaszenlem Rocha, com supervisão de Renata Nandes – Assessoria de Comunicação Social/Codeplan

Foto: Vinícius de Melo, Agência Brasília

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