Governo do Distrito Federal
20/03/14 às 21h49 - Atualizado em 29/10/18 às 11h56

Economia do DF cresce 1,2% em 2013

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O Distrito Federal apresentou crescimento de 1,2% no 4º trimestre de 2013 e no acumulado do ano, de acordo com o Índice de Desempenho Econômico do Distrito Federal (Idecon-DF), divulgado nesta quinta-feira, pela Codeplan. No Brasil, o trimestral ficou em 1,9% enquanto o acumulado do ano foi de 2,3%.

A pesquisa utiliza três setores como base para os índices: a Indústria, a Agropecuária e as Atividades de Serviço. O setor industrial manteve-se com desempenho acima da média nacional, 1,8% a 1,5%, mas pela sua pequena representatividade dentro da economia do DF, não teve grande impacto no índice geral. Houve, também, desaceleração em comparação ao desempenho no mesmo período do ano anterior, que foi de 7,7%. Isso pode ser explicado pela redução significativa do número de obras de grande porte, tanto no setor privado (como lançamentos imobiliários) quanto no setor público (por exemplo, a conclusão do Estádio Nacional).

A agropecuária teve um índice superior aos outros setores analisados, 4,7%, também acima da média nacional que ficou em 2,4%. Apesar de ser um setor bem desenvolvido por aqui, também tem pouca representatividade na economia local, principalmente pela limitação geográfica do DF, o que impossibilita grande crescimento de produção. Segundo Fernando Santos, da Ceasa, a pequena área territorial é um fator bastante influente nos índices da agropecuária do DF, uma vez que não há grandes variações nas condições climáticas e de solo.

As Atividades de Serviço foram o único setor que teve crescimento abaixo da média nacional, 1,1% e 1,8%, respectivamente. Este é o setor de maior representatividade para a economia do DF, o que explica o baixo índice geral. Essa forte influência é natural, visto que Brasília é a capital federal do Brasil e comporta grande número de empregos no funcionalismo público. O presidente da Codeplan, Júlio Miragaya, destacou a necessidade de modelos produtivos que privilegiem os setores industriais, sobretudo privados, para que a economia do DF não seja tão dependente da administração pública. Dentro desse tema, o economista Jusçanio Souza defendeu uma melhor exploração da potencialidade de toda a região metropolitana.

A divulgação dos índices foi feita pela coordenadora do Núcleo de Contas Regionais, Sandra Regina. No debate entre o corpo técnico da Codeplan, especialistas e jornalistas presentes, outros fatores econômicos foram abordados. Cleber Pires, presidente da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), falou das dificuldades que o comércio enfrenta no DF, como a falta de segurança e de estacionamento, e a alta carga tributária. Todavia, o mercado de trabalho no comércio segue aquecido, segundo o Idecon-DF. A desaceleração da indústria também foi discutida, e, segundo Júlio Miragaya, não representa uma grande preocupação, pois o desaquecimento do setor se deve aos índices excepcionalmente altos do ano anterior. Miragaya lembrou, ainda, que para esse ano estão previstos concursos públicos para as áreas de saúde e educação, o que deve alavancar o desempenho econômico da administração pública.

Confira a pesquisa aqui.

Texto: Júlio Poloni
Foto: Toninho Leite

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