A Codeplan divulgou os resultados do Índice de Desempenho Econômico do Distrito Federal (Idecon-DF) referentes ao terceiro trimestre de 2014, que registrou um crescimento de 1,8% na comparação com igual trimestre do ano anterior. O resultado ficou acima da variação do PIB trimestral para o Brasil estimada pelo IBGE, que teve queda de 0,2% no mesmo período de comparação, crescimento este praticamente devido ao desempenho do setor Administração Pública.
A atividade pública responde por 54,7% da estrutura produtiva do Distrito Federal e 58,6% do setor de Serviços, impactando significativamente no indicador geral. Esse impacto representou 1,8 ponto percentual do 1,8 computado pelo indicador geral do Distrito Federal. Já os impactos das demais atividades se anularam.
Contribuíram para o resultado do Distrito Federal os desempenhos positivos da Agropecuária, 5,1%, e dos Serviços, 2,3%, dado que a Indústria recuou 4,6%. Nos nove primeiros meses do ano, a economia do Distrito Federal apresentou crescimento de 2,1% em relação ao mesmo período de 2013. A Agropecuária cresceu 14,4%, o setor de Serviços, 2,3%, e a Indústria registrou variação negativa de -1,6%. Nesse mesmo período, o IBGE computou aumento de 0,2% para o Brasil.
Segundo Sandra Regina, coordenadora de Contas Regionais e responsável pelo Idecon, o desempenho econômico é o um conjunto e as atividades se interagem e isso foi sentido especialmente no caso do setor Intermediação Financeira, cujo aumento da taxa de juros Selic influenciou vários subsetores da economia. “No DF, o aumento da taxa de juros (Selic) influenciou no comportamento do setor de intermediação financeira e mostra a cautela de empresários e população”, destacou ela.
A Intermediação Financeira apresentou desempenho negativo de 3,6% no terceiro trimestre de 2014. O índice registrado para o Brasil subiu 3,2%. De janeiro a setembro, a atividade acumulou queda de 1,9% no Distrito Federal, frente a igual período de 2013. A média nacional acumulou elevação de 2,7% no mesmo período.
“A procura das empresas por crédito vem desacelerando. A variação nominal do saldo do crédito para pessoa jurídica acumulou, de julho a setembro de 2014, com crescimento de 4,5%, menor em 6,8 pontos percentuais do que o saldo acumulado nos mesmos meses de 2013: 11,3%. A população brasiliense também reduziu a procura por crédito. O volume de crédito acumulado para pessoa física no terceiro trimestre caiu de 4,0%, em 2013, para 2,3% em 2014, conforme dados do Banco Central do Brasil”, aponta o trabalho.
Confira os dados na íntegra aqui.
Texto: Nilva Rios
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