No mês de janeiro, o IPCA do Distrito Federal se manteve praticamente estável em relação a dezembro de 2018, com avanço de 0,05% — valor bem inferior ao registrado na média nacional, de 0,32%. Dentre as dezesseis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, Brasília teve a quarta menor variação do índice, atrás apenas de Curitiba (0,02%), Rio Branco (-0,09%) e Goiânia (-0,17%).
O grupo com maior contribuição para o resultado do mês foi Transportes: em Brasília, o grupo registrou variação de -1,10%, ao passo que na média nacional a variação foi de 0,02%. Mais especificamente, o recuo de itens como a gasolina (-3,36%) e as passagens aéreas (-2,88%) exerceu forte impacto sobre o índice. Vale ressaltar que estes itens apresentam peso bastante superior na cesta de consumo do brasiliense quando comparado à média nacional. Ainda no terreno negativo, vale destacar o recuo de 13,28% no preço do tomate, item que vinha sofrendo avanços expressivos desde setembro de 2018.
No sentido oposto, o grupo Alimentação e bebidas registrou aumento de 1,04%, com destaque para os avanços nos preços do feijão carioca (24,31%) e da banana prata (15,18%). Cabe notar, todavia, que este grupo costuma apresentar elevações mais pronunciadas no início do ano.
O INPC – índice que mede a inflação das famílias com rendimentos entre um e cinco salários mínimos – registrou avanço de 0,11%. O valor, superior ao registrado no IPCA, deve-se ao fato de que os itens gasolina e passagens aéreas – grandes responsáveis pelo resultado do IPCA no mês – apresentam menor peso na cesta de consumo das famílias de renda mais baixa. Por outro lado, itens do grupo Alimentação e Bebidas, cujo avanço foi mais pronunciado, exercem maior pressão para esta faixa.
Índice Ceasa – O Índice Ceasa do Distrito Federal – ICDF, de janeiro de 2019, registrou queda, de 1,63%, em relação ao mês anterior. Todos os setores apresentaram variação negativa no período, a saber: o de Frutas, de 0,61%, o de Legumes, 2,92%, o de Verduras, 15,17% e o de Ovos e Grãos, 5,50%. O destaque vai para a forte queda de três frutas: abacate, 16,94%, goiaba, 30,22% e maracujá, 42,94%. Tais produtos entraram em época de safra, na região, ampliando sua oferta no mercado.
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