A Estrutural tem na sua composição populacional 34,12% de crianças com idade entre zero a 14 anos, o que mostra uma parcela bastante significativa de jovens na cidade, o equivalente a mais de 1/3 da população da RA. Os idosos representam apenas 2,65% da população de 35 mil habitantes. Foi o que apurou a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD), divulgada hoje, 14, pela Codeplan.
Apesar de a renda domiciliar ser de apenas R$ 1.465,15, houve um acréscimo real de 2,91% em relação a 2011. Do contingente populacional, 82,11% têm renda entre um a cinco salários mínimos.
A pesquisa mostra, ainda, que apesar de a cidade não estar consolidada, cerca de 60% dos moradores do Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (SCIA) da Estrutural fazem compras de alimentação, serviços pessoais e serviços em geral na própria região. A preferência da maioria da população em adquirir esses serviços constitui ponto positivo, entretanto, o que chama atenção é o baixo acesso à cultura. “Esse baixo índice remete à forte necessidade na aquisição de equipamentos, maior investimento nessa área. É preciso investir em equipamentos”, disse o presidente da Codeplan, Júlio Miragaya, que também ressaltou a necessidade de priorizar mais fortemente a educação.
Com relação à taxa de ocupação, a coordenadora da PDAD, Iraci Peixoto, disse que 83,46% estão nos serviços, sendo 21,31% no comércio, 2,23% nos serviços públicos, incluindo área federal e local. Já os serviços gerais somam 38,32%, e a construção civil responde por 15,05% da absorção da mão de obra.
Segundo dados da pesquisa, a maioria da população, 47,29%, concentra-se na categoria dos que não concluíram o ensino fundamental, seguido pelos que têm o ensino médio completo (12,44%). Apenas 2,59% são analfabetos. Os que declararam ter superior completo não somam um por cento.
A administradora da Estrutural, Socorro Torquato, observou que, embora a região se ressinta de uma melhora na estruturação em todos os setores, numa análise geral, a cidade apresenta desenvolvimento positivo, com comércio forte. A administradora reforçou ainda o baixo índice de violência quando comparado a anos anteriores. “Hoje, a cidade tem a Fábrica Social têxtil, com mais de duas mil pessoas trabalhando e, em breve, será instalada a Fábrica de Construção Civil”.
Com relação às escrituras, ela disse que já foram entregues 50% e, até o fim do ano, mais 50% estarão disponíveis para a comunidade.
Quanto ao baixo índice cultural, a administradora disse que a comunidade é essencialmente trabalhadora, mas a administração vai trabalhar essa área porque “a educação e a cultura é que fazem um mundo melhor”, acrescentou.
O diretor de Estudos e Políticas Sociais, Osvaldo Russo de Azevedo, destacou o processo de mudança acelerado na região nos últimos anos. Ele disse que a incorporação de um segmento da sociedade na classe C, de três a cinco salários mínimos, já conquistada por algumas regiões, hoje pode ser observada na Estutural. “A classe C está segurando a economia. É uma população que começa a mostrar a cara, tornando-se mais exigente”, completou.
Confira a pesquisa aqui.
Texto: Eliane Menezes/Deborah Andrade
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