A Codeplan divulgou na tarde de hoje (03) o último volume da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) de 2014, que analisou a RA I Brasília/Plano Piloto e apontou uma realidade bastante positiva na região. O local conta com uma infraestrutura completa e uma população de alto nível de escolaridade e renda.
O Presidente da Companhia, Júlio Miragaya, destacou o aumento de 3,63% no número de habitantes com ensino superior completo de 2011 para cá. Em 2014, a pesquisa registrou 53,34% de graduados. Segundo Miragaya, três a cada quatro chefes de domicílio têm nível superior.
Os dados mostram que a maioria dos moradores do Plano Piloto não têm necessidade de se deslocar para realizarem suas atividades. 100% dos habitantes costumam fazer compras na própria RA, incluindo os setores de alimentação, cultura e lazer. Entre os estudantes, 96,91% também não precisam se deslocar à outra região. Dos que utilizam os serviços de saúde pública, 93,75% o fazem na região.
Entre a população ocupada, 89,17% trabalham na região. É o maior índice dentre todas as RAs do DF. Esse fato pode ser explicado por quase metade dos trabalhadores de Brasília (47,23%) atuarem na Administração Pública, fortemente concentrada na região.
O Plano Piloto registrou uma das mais altas rendas per capita – R$5.189,00 – do DF, se equiparando a regiões como os Lagos Sul e Norte. Para José Vaz Parente, diretor da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais da Codeplan, o cenário do DF reflete uma forte concentração de renda nessas regiões. Segundo ele, um dos desafios mais urgentes da Capital Federal é a diminuição dessa desigualdade social e o equilíbrio da distribuição de renda populacional e territorialmente.
A alta renda pode ser percebida pelo alto padrão de vida dos cidadãos do Plano Piloto. Em 87,51% dos domicílios são encontrados moradores que possuem carro, sendo que destes, 44% possuem dois ou mais veículos. A maioria (84,44%) também utiliza planos de saúde privados.
A qualidade de vida na região também é notável. Os serviços de abastecimento de água, energia elétrica, esgotamento sanitário e coleta de lixo estão praticamente universalizados. Apenas 0,36% dos moradores relataram problemas de entulho nas cercanias.
É inegável que os índices socioeconômicos do Plano Piloto se destacam em meio à realidade do DF como um todo. Entretanto, o gerente da Base de Dados da Codeplan, Jusçanio Souza, elencou alguns desafios que a Capital ainda precisa superar, como os crescentes problemas de trânsito e a defasagem de vagas de estacionamento sobretudo nas regiões centrais.
Apesar de ser uma região consolidada, a RA apresentou uma razoável taxa geométrica de crescimento anual, 1,8%. A população é estimada em 221.223 pessoas, distribuídas por 78.601 domicílios ocupados. Uma característica peculiar que a região apresentou foi a alta média de idade de seus habitantes; as crianças de até 14 anos de idade formam apenas 12,55% da população, enquanto os idosos representam quase um quarto.
Durante a divulgação, João Venâncio, técnico da Diretoria de Estudos Urbanos e Ambientais da Codeplan, apresentou um panorama territorial do Plano Piloto. Ele explicou detalhes do plano urbanístico de Lucio Costa e das obras de Oscar Niemeyer, que ajudaram Brasília a se tornar Patrimônio Cultural da Humanidade.
Com a finalização do último volume das PDADs de 2014, a Codeplan assume um importante papel na gestão das informações do Distrito Federal. A Companhia cumpre sua vocação de subsidiar o governo, informar o cidadão e servir de fonte de conhecimento sobre a realidade regional.
Na próxima semana, dia 12 de dezembro (sexta-feira), a Codeplan divulgará a PDAD-DF, que reúne os dados de todas as Regiões Administrativas pesquisadas e apresenta um resultado geral do Distrito Federal.
Acesse o estudo completo aqui.
Texto: Júlio Poloni
Foto: Mauro Moncaio
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