A Codeplan apresentou na segunda, 15, análise sobre os deslocamentos dos moradores na Área Metropolitana do DF – AMB. A região compreende o Distrito Federal e os 12 municípios de Goiás que mantêm uma relação de natureza metropolitana com o DF. Esses municípios são Novo Gama, Cidade Ocidental, Luziânia, Cristalina, Valparaíso de Goiás, Águas Lindas Goiás, Santo Antônio do Descoberto, Alexânia, Padre Bernardo, Cocalzinho de Goiás, Formosa e Planaltina, também denominada Periferia Metropolitana de Brasília.
Segundo o trabalho Fluxos Intrametropolitanos na AMB, apenas na PMB, dos 1 milhão 130 mil habitantes residentes, 802 mil imigraram, sendo que 435 mil são oriundos do Distrito Federal.
A Codeplan analisou sete fluxos de deslocamentos intrametropolitanos (migratórios, para o trabalho, atendimento público hospitalar, estudo, lazer, serviços bancários e compras de bens e serviços), com o objetivo de permitir um melhor entendimento sobre a região e a facilitar a formulação de estratégias para superar seus problemas.
A maior constatação foi a de que o Plano Piloto recebe, diariamente, cerca de 700 mil pessoas em busca de trabalho e educação. De todos os deslocamentos com o motivo de trabalho, o Plano Piloto responde por 67,9% e dos postos de trabalho gerados em toda a AMB, cerca de 40% deles se concentram no Plano Piloto.
Para Miragaya, o impacto negativo dessa alta concentração no Plano Piloto é sentido diariamente nas ruas, no excesso de veículos e na falta de estacionamento, por exemplo. “As outras regiões não sentem muito mas o Plano Piloto, e até Taguatinga, um polo importante de geração de empregos, sofre com esse contingente de quase um milhão de pessoas que vêm aqui para estudo, compras, saúde, trabalho e lazer”, diz ele.
Quanto à saúde, o estudo aponta uma maior pulverização dos deslocamentos mas, mesmo assim, o Plano Piloto recebeu 266 mil pessoas, 35,4%. Para saúde, compras e lazer, os deslocamentos não são diários, mas segundo Miragaya, ainda representam uma forte demanda para os sistemas do Distrito Federal.
Para ele, é preciso descentralizar a geração de trabalho no Plano Piloto e gerar empregos em outras regiões, pois, do contrário, diz ele, a tendência é aprofundar essa situação.
Veja o estudo aqui.
Texto: Nilva Rios
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