Governo do Distrito Federal
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27/05/20 às 16h21 - Atualizado em 30/06/20 às 15h47

Mais de 21% das crianças do DF convivem com a ausência paterna

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Os arranjos familiares são mais diversificados em regiões de baixa renda

 

Um estudo da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) mostra que 21,2% das crianças que vivem na capital Federal moram somente com as mães ou outros parentes e convivem com ausência paterna.

 

Quanto aos arranjos e composições familiares em que as crianças –  população de zero a 11 anos e 11 meses – estão envolvidas, o estudo ainda mostra que 45% das crianças que vivem com a mãe, mas sem o pai, contam com a presença dos avós. Este cenário é mais frequente nas Regiões Administrativas de renda baixa como Fercal, Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas,  SCIA/Estrutural e Varjão.

 

A Gerente de Estudos e Análises de Proteção Social, Júlia Pereira, afirma que, em geral, o filho com pai ausente recebe cuidados de outros familiares, além da mãe. “Nós temos muitos domicílios com três gerações daquela família vivendo juntas, principalmente nas RAs de baixa renda, e a gente sai um pouco daquela configuração tradicional do arranjo familiar de pai, mãe, filhos. É aonde a gente vê um maior potencial de outros tipos de arranjos familiares”, analisa.
 
 
O levantamento “Retratos Sociais: a população Infantil do Distrito Federal” ainda faz um raio X da situação demográfica do DF.  Os dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) levantou que 405.273 crianças viviam no Distrito Federal em 2018, o que representa 16% da população. Entre elas, a maioria (49%) tem entre 6 e 11 anos.
 
 
Renda e bem-estar
Quanto às condições de renda, 61,5% das crianças residem em RAs com renda média de até R$ 3.101,00, ou seja, domicílios de renda baixa e média-baixa; menos de 10% das crianças residem em domicílios de renda alta, com renda domiciliar média de R$ 15.622,00.

 

O estudo também calculou o Índice de bem-estar urbano (Ibeu-DF) para todas as RAs do Distrito Federal. O índice buscou captar a qualidade dos territórios no DF em relação à mobilidade, condições ambientais, condições habitacionais, de acesso a serviços públicos e infraestrutura.
 
 
Educação
Quando visto o acesso de crianças às unidades de ensino, a pesquisa revela que 70,3% das crianças frequentavam escola ou creche em 2018, proporção que vai de 68,3% nas RAs de baixa renda a 79,7% nas RAs de renda alta. Enquanto essa frequência é de 98% para as crianças de 6 a 11 anos e de 88% para as crianças de 4 e 5 anos, entre as crianças de 0 e 3 anos, é de apenas 22%.

 

Saúde
As Regiões Administrativas de renda baixa apresentaram um percentual mais elevado (18,3%) de domicílios que receberam visitas das Equipes de Saúde da Família, em comparação aos domicílios das RAs de renda alta (1,4%), o que pode indicar uma focalização do serviço no público que mais precisa dele. Em RAs como Riacho Fundo II, Itapoã, Gama, SCIA-Estrutural, Fercal e Brazlândia mais de 20% dos domicílios com crianças já receberam visitas da equipe de Saúde da Família.
 

 

Foto de capa: Andre Borges/Agência Brasília
Reportagem: Carol Oliveira

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