Governo do Distrito Federal
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17/11/10 às 14h45 - Atualizado em 29/10/18 às 11h49

PIB do DF sobe 3,8% e atinge R$ 117,6 bilhões em 2008

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(17/11/2010 – 11:45)

A CODEPLAN divulgou na manhã desta quarta-feira, 17, os resultados do Produto Interno Bruto do Distrito Federal – PIB-DF, referente ao ano de 2008. O cálculo é desenvolvido em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e os demais órgãos estaduais de estatística, cuja metodologia adotada é integrada à das Contas Nacionais, o que torna as informações comparáveis.  O Produto Interno Bruto é o principal indicador de análise do desempenho de uma economia, pois sintetiza todo o processo da renda gerada em uma região num período de tempo determinado.

A economia do Distrito Federal

A economia do Distrito Federal em 2008 registrou bom desempenho, beneficiando-se dos incrementos da renda, emprego e crédito. Nos últimos meses do ano houve um arrefecimento no ritmo da atividade econômica, que não chegou a comprometer o ciclo de crescimento da economia ao final do ano.  

O Produto Interno Bruto a preço de mercado apresentou em 2008, elevação de 3,8% comparado a 2007. O valor adicionado a preço básico aumentou 3,4% e os impostos sobre produtos cresceram 7,1%. O deflator foi de 13,3%. No período 2004-2008, o crescimento acumulou 27,9%, com média anual de 5%.

Entre os setores de atividades que contribuíram para a geração do valor adicionado, a indústria cresceu 3,9%, seguida pelos serviços com 3,5% e a agropecuária recuou 15,3%. Em valores correntes, o PIB-DF chegou a R$ 117,6 bilhões, mantendo a oitava posição no ranking nacional. Com uma população de 2,6 milhões de habitantes, o PIB per capita atingiu R$ 45.978, o primeiro colocado entre as unidades da federação, com valor quase o triplo da renda per capita do Brasil, R$ 15.990, e superior aos R$ 24.457 registrados por São Paulo, o segundo na lista.  

No Brasil, o PIB do Distrito Federal participava com 3,9% em 2008, e na região Centro-Oeste com 42,1%. Das 27 unidades da federação, 14 delas registraram índice de crescimento acima do nacional (5,2%), incluindo os três outros estados do Centro-Oeste, o que resultou na expansão de 6% para a região.  

A expansão do mercado interno ditou o desempenho da economia em 2008, o mercado de trabalho, que reage com defasagem ao ritmo da atividade econômica, seguiu registrando trajetória favorável até o final do ano, ultrapassando 1 milhão de empregos formais, e a massa salarial atingiu R$ 51,8 bilhões no Distrito Federal.     

Agropecuária

A variação em volume da agropecuária caiu 15,3%, ao comparar 2007 e 2008. A queda deve-se ao fraco desempenho da lavoura temporária, que representava 44% do setor. A pecuária recuou 27,3%, reflexo da redução na criação de aves e bovinos. A agropecuária é uma atividade inexpressiva no Distrito Federal, respondendo apenas por 0,4% do valor adicionado total.  

Indústria

O valor adicionado do setor industrial cresceu 3,9% em 2008, resultado de expansões na indústria extrativa mineral, 35,3%, indústria de transformação, 9,7%, construção civil, 2,1% e produção e distribuição de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana, 2%. O crescimento é explicado principalmente pelo desempenho da indústria de transformação, que aumentou sua participação na estrutura produtiva para 1,9%, ante 1,5%, em 2007, com destaque para os ramos de alimentos e bebidas, cimento e indústrias gráficas.  

O parque industrial do DF é concentrado, principalmente, na produção de bens de consumo não duráveis e semiduráveis, e possui o governo como cliente.  

A construção civil variou 2,1% em volume. A atividade está diretamente relacionada ao dinamismo econômico e contribui decisivamente para a taxa de investimento. O Governo do Distrito Federal incentivou a geração de empregos e a movimentação da economia ao criar novos setores habitacionais e executar diversas obras de infraestrutura.

Serviços

O setor de serviços representava 93,3% da economia do Distrito Federal em 2008 e cresceu 3,5% em relação a 2007. Das 11 atividades que compõem o setor, 10 registraram variações em volume positivas, em igual período. A atividade com maior variação foi a de serviços de intermediação financeira, seguros e previdência complementar, com 11,1%. Os negócios realizados no subsetor, notadamente as operações de crédito do sistema financeiro, confirmaram uma trajetória de taxas expressivas nos últimos quatro anos. O segmento contribuiu com 32% na composição do índice geral do valor adicionado.  

Destacam-se a seguir os serviços de informação (7%), serviços domésticos (5,5%), transportes, armazenagem e correio (4,8%), serviços prestados às empresas (4,5%) e serviços de alojamento e alimentação (3,6%).  

O comércio registrou taxa de crescimento de 2,4% entre 2007 e 2008, desempenho menor que os verificados nos quatro anos anteriores. Por ser uma das primeiras atividades a captar as mudanças na economia, o comércio absorveu a crise de confiança do consumidor no quarto trimestre de 2008 e os efeitos da ampliação da massa salarial e das facilidades de financiamentos observados nos nove primeiros meses do ano foram atenuados. Contudo, a participação do comércio na estrutura da economia subiu de 6,6% em 2007 para 7,5% em 2008, reflexo do aumento da demanda doméstica que influenciou a variação dos preços, compondo o valor adicionado de R$ 7,7 bilhões a preços correntes.   

A atividade administração, saúde e educação públicas, segmento com maior peso na estrutura econômica do Distrito Federal, 53,6%, registrou acréscimo de 2,2%. O potencial econômico do Distrito Federal está concentrado no setor de serviços e um dos maiores motivos é a grande parcela que a administração pública detém na estrutura produtiva. A estabilidade no emprego do funcionalismo poupa a economia de grandes oscilações, em função do seu grande contingente, 40% dos empregos formais em 2008.  

A administração pública tem grande representatividade na composição da economia, por ser o Distrito Federal o centro administrativo do país, mas, aos poucos, principalmente por sua localização privilegiada, o DF começa a reduzir essa dependência e se consolida como um centro comercial e de integração econômica, no qual o setor privado vem conquistando espaço. Em 2008, Brasília era o quarto município brasileiro com maior potencial de consumo, e onde há mercado, as empresas passam a se estabelecer. Setores como a construção civil, serviços e comércio atraem tanto companhias de fora do Distrito Federal quanto empreendedores locais.

CODEPLAN - Governo do Distrito Federal

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