Índice de Desempenho Econômico do Distrito Federal (Idecon-DF) teve avanço de 1,5% no quarto trimestre de 2018 em relação ao mesmo período de 2017.
A análise do Índice de Desempenho Econômico do Distrito Federal (Idecon-DF) aponta que a atividade econômica do Distrito Federal apresentou quadro favorável no quarto trimestre de 2018, apesar da recuperação lenta. Na comparação com o mesmo trimestre de 2017, houve avanço de 1,5% no indicador.
A avaliação, que foi apresentada no painel Análises Econômicas: o desempenho do DF e perspectivas para 2019 a partir dos indicadores econômicos Idecon-DF, IPCA/INPC e Índice Ceasa-DF realizado no auditório do Tribunal de Contas do Distrito Federal nesta terça-feira (12), aponta que entre os grandes setores da atividade, a Agropecuária variou 6,3%, os Serviços, 1,5% e a Indústria, 0,2%. O destaque vai para a Indústria que registrou a primeira variação positiva desde o início da crise.
No ano, o DF mostrou uma variação de 1,0%, abaixo da do PIB brasileiro, que foi de 1,1%. Esse resultado advém uma pequena recuperação da Administração Pública, das Atividades Financeiras e dos serviços de Informação e Comunicação. O destaque negativo aparece na Construção e no Comércio, ambos com retração no ano.
As pesquisas setoriais, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirmam o cenário de enfraquecimento do comércio e de recuperação dos serviços. A Pesquisa Mensal do Comércio Ampliada (PMC) aponta queda de 2,2% no volume do comércio varejista ampliado, com a maior parte dos setores apresentado retração. A Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS), por sua vez, registrou elevação de 3,6% no volume dos serviços. Os destaques foram os segmentos Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio e Serviços de informação e comunicação.
De maneira geral, a economia do DF, tendo sua base nos Serviços, que é reconhecido como um setor de menor dinamismo, mostra um comportamento coerente com o peso desse setor. Isto é, há uma certa demora no processo de recuperação econômica, perceptível em vários segmentos produtivos. O mercado de trabalho e o comportamento dos preços locais corroboram esse movimento. Deve-se, no entanto, apreciar o fato de que o ano de 2018 se mostrou melhor do que o ano de 2017.
Análise de preços
Diferentemente do que ocorreu em 2017, quando Brasília havia disputado com Goiânia o posto de maior inflação do país, em 2018 os preços do Distrito Federal mostraram-se mais comportados, culminando em uma inflação bem próxima do limite inferior da meta estabelecida. O quarto trimestre teve papel importante nesse desempenho, visto que os itens de grande peso na cesta local de consumo registraram deflação nos preços, caso da Energia Elétrica e da Gasolina.
Em relação a 2019, a expectativa do mercado é de uma inflação brasileira de 4,0% ao ano,2 isto é, abaixo do centro da meta, que para este ano foi definida em 4,25%.
Projeções para 2019
Para 2019, a Codeplan projeta que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no DF deve ficar em 3,27%. Em 2018, o índice encerrou em 3,06%. Apesar de ligeiramente superior ao verificado no ano passado, o índice permanece em patamar bastante confortável já que neste ano não se esperam reajustes extraordinários na tarifa de energia elétrica, como os ocorridos em 2018. O câmbio mais comportado e em patamar mais baixo que o observado no ano passado também deve contribuir positivamente para o preço da gasolina.
Foto Capa: Agência Brasília
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