Para marcar o Dia da Consciência Negra (20/11), a Secretaria de Estado de Trabalho/DF divulgou o Boletim Especial da Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizado em parceria com a Codeplan e o Dieese, que mostrou dados e outras informações sobre a inserção da população negra no mercado de trabalho do Distrito Federal: uma análise da década 2003 – 2013 com destaque para as taxas de desemprego entre negros e não-negros que diminuíram sensivelmente no período que, de 6,3 pontos percentuais em 2003, diminuiu para 3,0 pontos percentuais em 2013. “Podemos concluir que há um efeito positivo das políticas públicas de emprego e renda, além da notável queda da desigualdade”, explicou o secretário de Trabalho, Bolivar Rocha.
O Estudo aponta ainda que o rendimento médio das mulheres negras apresentou o crescimento mais elevado – 39%, comparando com os demais segmentos; que houve aumento significativo de pessoas com carteira assinada, com maior número entre os negros, e que o emprego doméstico diminuiu para negros e não-negros. “No caso dos negros, a queda foi grande, passando de 12,2% em 2003, para 7,1% em 2013”, explicou Adalgiza Lara, coordenadora da PED no Dieese. “A partir da pesquisa, concluímos que homens e mulheres estão buscando sair da informalidade, se qualificando profissionalmente, para se inserir em melhores colocações no mercado de trabalho”, concluiu ela.
Para o subsecretário de Microcrédito e Empreendedorismo, Gilberto Portes, o governo precisa acompanhar os desafios que o mercado de trabalho apresenta. “O mercado é complexo e dinâmico e a Secretaria precisa acompanhar as tendências, promovendo ações que auxiliem o trabalhador a estar na direção certa”, declarou ele.
Iraci Peixoto, economista e coordenadora de Pesquisa da Companhia de Planejamento – Codeplan/DF, alertou para o fato de que “embora os números deste Boletim Especial sejam positivos e apresentem uma pequena evolução, o Distrito Federal ainda está muito aquém de apresentar uma situação socioeconômica justa e igualitária entre a população negra e não negra, especialmente entre as mulheres. A mão de obra das mulheres negras ainda é muito depreciada porque sua renda corresponde a 52,5% da renda dos homens negros. Por outro lado, vemos que o nível da escolaridade dos negros ainda está muito abaixo dos não negros. Temos no Estudo aqui apresentado, uma rica oportunidade de rever e aperfeiçoar as políticas públicas em relação à população negra do Distrito Federal”.
Ascom – Codeplan
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