Construção registra aumento de sete mil ocupados em relação ao mês anterior
A taxa de desemprego se manteve estável no Distrito Federal, passando de 19,2% em julho para 19,1% em agosto, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego, divulgada na terça-feira (29). O resultado se deve, entre outros fatores, ao aumento no número de ocupados, principalmente no setor da Construção, com sete mil novos trabalhadores em comparação com o mês anterior. O setor de Comércio e Reparação também registrou aumento de dois mil novos empregados em agosto. Ao todo, o Distrito Federal possui 1.241 mil ocupados e 293 mil desempregados.
Em contrapartida, os setores de Serviços, Administração pública, defesa e seguridade social e Indústria de Transformação registraram reduções no número de ocupados, de sete mil, quatro mil e mil trabalhadores, respectivamente. Ainda assim, o nível de ocupação oscilou positivamente, com três mil pessoas a mais no mercado de trabalho local.
O contingente de assalariados cresceu em cinco mil pessoas, devido ao acréscimo no setor privado (+8 mil). O setor público contabilizou três mil assalariados a menos. No âmbito privado, houve crescimento tanto no assalariamento com carteira assinada (+5 mil) quanto sem carteira (+2 mil). Em relação aos autônomos, houve crescimento de dois mil novos trabalhadores, enquanto observou-se redução de quatro mil ocupados entre os empregados domésticos. Não houve variações entre os empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração, profissionais liberais e outras ocupações.
A taxa de desemprego reduziu nas regiões de baixa renda. Segundo grupos de regiões administrativas (RAs), no grupo 4, composto pelas RAs de baixa renda (Fercal, Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas, SCIA/Estrutural e Varjão), o índice caiu de 28,1% para 26,6%. No grupo 3, composto pelas RAs de média-baixa renda (Brazlândia, Ceilândia, Planaltina, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, SIA/SAAN, Samambaia, Santa Maria e São Sebastião), a taxa ficou relativamente estável, passando de 22,5% para 22,2%. Já nas regiões de média-alta renda, inseridas no grupo 2 (Águas Claras, Candangolândia, Cruzeiro, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Sobradinho, Sobradinho II, Taguatinga e Vicente Pires), o índice subiu de 15,8% para 16,3%.
COMPORTAMENTO ANUAL – Nos últimos 12 meses, a taxa de desemprego no Distrito Federal passou de 18,2% em agosto de 2019 para 19,1% em agosto de 2020. No mesmo período, o contingente de desempregados diminuiu em três mil pessoas, em razão da queda no nível de ocupação similar à redução da População Economicamente Ativa (PEA).
Na análise por setor, a Administração pública (4,2%), Construção (3,2%) e Indústria de Transformação (2,4%) registraram crescimento anual no nível de ocupação. Em contrapartida, os Serviços (-7,9%) e o Comércio (-3,5%) registraram redução anual.
Em relação à posição na ocupação, o contingente de assalariados aumentou no setor público (3,1%) e reduziu no setor privado (-12,0%). No setor privado, houve redução do assalariamento com carteira assinada (-11,4%) e sem carteira (-15,6%). Observou-se acréscimo entre os autônomos (6,6%) e retração entre os empregados domésticos (-28,3%) e os classificados nas demais posições, que abrangem empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração, profissionais liberais e outras ocupações (-3,9%).
Segundo grupos de regiões administrativas, a taxa de desemprego anual ficou relativamente estável entre as regiões de média-alta renda (grupo 2), variando de 16,2% para 16,3%. Entre as regiões de média-baixa (grupo 3) e baixa renda (grupo 4), o índice aumentou, passando de 21,3% para 22,2% e de 24,6% para 26,6%, respectivamente.
Reportagem: Lucas Almeida, supervisão de Nilva Rios
Foto de Capa: Gabriel Jabur/Agência Brasília
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