Estudo analisa e projeta a década do Distrito Federal
A População do Distrito Federal está envelhecendo. É o que revela o estudo sobre Projeções Populacionais para as Regiões Administrativas do Distrito Federal 2020-2030 feito pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). As baixas taxas de fecundidade causando uma redução da população jovem (0 a 14 ano) estão entre as causas para esse fenômeno etário.
Para efeito de comparação, em 2020 o índice de envelhecimento na capital era de 57,5%, o previsto para 2030 é que esta porcentagem aumente para 95%. Isso significa que, a cada 100 jovens (0 a 14 anos), existirão 95 idosos (60 anos ou mais), aumentando a idade média da população, que passará de 33,4 anos em 2020 para 37,5 ao final da década.
A relação entre a taxa de dependência juvenil com o envelhecimento da população brasiliense é o fato de quanto menor o número de dependentes menores de 14 anos menor ainda será a taxa de fecundidade.
A relação entre a redução das taxas de fecundidade e o envelhecimento da população brasiliense é o fato de que quando ocorre uma redução no volume da população menor de 14 anos, a população com mais de 60 anos passa a ter um maior peso na composição da população. Por isso, observa-se o envelhecimento da população de uma forma geral.
Sendo assim, a taxa de fecundidade, que é a estimativa da quantidade de filhos que uma mulher teria ao longo da sua vida reprodutiva, indica o ritmo de crescimento do número de nascimentos em uma população. No DF esta taxa é apenas 1,66, o que demonstra que tem ocorrido menos nascimentos, resultando no envelhecimento da população.
É previsto que para 2030, 16,6% da população do Distrito Federal terá 60 anos ou mais e a população com até 14 anos completos reduzirá a 17,5%, resultando em 565.382 idosos e 595.207 jovens no DF.
Com o envelhecimento da população será necessário a adaptação de serviços públicos. Pode ser que no futuro os serviços de saúde especializados em atendimento de pessoas mais velhas e de doenças crônicas sejam mais demandados, do que já são hoje.
Presidente da Codeplan, Jean Lima, destaca a relevância do estudo ”É fundamental a importância deste projeto, auxiliando as áreas com dados e informações, para planejamento e elaboração de políticas públicas”.
O estudo também analisou o crescimento das Unidades de Planejamento Territorial (UPT). As UPTs que mais apresentaram crescimento foram as do Norte (Sobradinho, Sobradinho II, Fercal e Planaltina) e Leste (Paranoá, Itapoã, São Sebastião e Jardim Botânico), deslocando eixo populacional para estas regiões do DF. Esse crescimento é em função da baixa oferta de imóveis residenciais a preços mais acessíveis e que atendam aos atuais padrões e estilos de moradia, nas áreas já consolidadas.
“Sabermos que o volume populacional para cada região administrativa e a sua distribuição por sexo e idade é fundamental para o desenho das diversas políticas públicas como as de educação, saúde, habitação, assistência social, segurança pública, trabalho, previdência, entre outras. Estimativas populacionais atualizadas para porções menores do território também permitem que o monitoramento e a avaliação dessas políticas sejam mais efetivos, com a possibilidade de se corrigir os rumos da atuação pública. Não menos importante, essas estimativas auxiliam em outros estudos ao informar o tamanho da população para aquele território”, antecipa a Gerente de Pesquisas e Estudos Quantitativos de Políticas Sociais da Codeplan, Julia Modesto Pinheiro Dias Pereira.
Acesse aqui:
– Projeções populacionais para as Regiões Administrativas do Distrito Federal 2020-2030 – Resultados e os Dados
Assista aqui a apresentação do estudo.
Matéria: Matheus Vaz, com supervisão de Ary Filgueira – Ascom/Codeplan
Imagem: Ascom/Codeplan
Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Em Liquidação)
Setor de Administração Municipal - SAM, Bloco H, Setores Complementares - CEP: 70.620-080 - codeplan@codeplan.df.gov.br