Governo do Distrito Federal
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3/10/17 às 22h26 - Atualizado em 29/10/18 às 11h55

Estudo sobre o ZEE é apresentado na Codeplan

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A oitava edição de Portas do Futuro discute o tema sob a ótica de três técnicos

Com a participação de vários segmentos e de instituições, foi apresentada nesta tarde (3), na Codeplan, a oitava edição do projeto Portas do Futuro, que trouxe como tema “Os Cenários de Longo Prazo do Zoneamento Ecológico Econômico para o Distrito Federal”.

P Futuro 17-10-03 02O gerente de Estudos Ambientais, da Codeplan, Alexandre Brandão, um dos autores, disse que o estudo foi colaborativo e reúne algumas das principais questões dos cenários produzidos pelo ZEE para o DF. “A discussão proposta sobre os Cenários é uma oportunidade de iniciar um debate sobre a viabilidade de processos de mudança para o DF, expressados por agentes públicos e setores da sociedade civil, que poderão servir para uma reflexão que pode ir além do próprio ZEE”, destacou.

Apesar da participação de vários órgãos, Brandão fez questão de frisar que o estudo não é institucional. Foram pesquisados alguns recortes que estão na apresentação. Assim, consolidados os cenários para longo prazo, de 20 anos, foram apontados os cenários Tendencial e Desejado. “Vislumbrou-se como transformar tendências em desejos”. Ele acrescentou que não foram feitos juízos de valor.

Como o DF seria em 20 anos? Como resposta de vários técnicos, o DF seguiria a  tendência à verticalização. Do ponto de vista econômico, cadeias produtivas desarticuladas, poluição ambiental dos mananciais. Com relação ao agronegócio, ausência de políticas públicas, desaparecimento da zona rural, crise hídrica, mais grilagens, participação limitada da população, fiscalização pouca efetiva e baixo ordenamento territorial. Para o cenário desejado, os pesquisados responderam que o DF teria o modo de vida mais comunitário, revitalização dos espaços públicos,  transporte de massa atenderia, plenamente, à população, que seria integrado e sem poluição. Do ponto de vista econômico, maior desenvolvimento regional, diversificação da atividade econômica, atividades industriais não poluentes, servidores diligentes, capacitados, mais planejamento estratégico.

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O gerente de Estudos Urbanos, da Codeplan, Sérgio Jatobá, o segundo autor a falar sobre o cenário tendencial espacializado, disse que foram privilegiadas as questões urbanas, espaciais, mas não desprezando as econômicas. “Foram considerados cinco vetores de expansão: 1) a BR-040, que é uma Rodovia Federal, iniciando-se em Brasília, e seus prolongamentos nas DF-003 e DF-001; 2) o Eixo da BR-060; 3) o Eixo da BR-070 até Águas Lindas–GO – que teve crescimento urbano explosivo no final da década de 1990, mas que continua elevado e atraindo populações do DF; 4) o Eixo da DF-003/BR-010, na porção nordeste e 5) o anel viário da DF-001, que contorna a Bacia do Paranoá”. Falou ainda sobre a conurbação progressiva entre Ceilândia e Águas Lindas–GO, e que Taguatinga e Ceilândia contribuem para atrair empregos, comércio e serviços, mas, também, há movimento contrário. “Ainda, quase 3% da população ocupada da Ceilândia trabalha na Administração Pública de Goiás, conforme dados da PDAD de 2015”, completou Jatobá.

P Futuro 17-10-03 04A Subsecretária de Planejamento Ambiental e Monitoramento da SEMA-DF, Maria Silvia Rossi, autora também do estudo, afirmou que o trabalho colaborativo foi desafiador, mas gratificante. Ao parabenizar a Codeplan, enfatizou que, nas políticas públicas, devem ser considerados os cenários. “Foram oito oficinas com várias instituições, com qualificação metodológica para capturar tendências em desejos, traduzir em uma visão de futuro a partir de dimensões claras. É a visão de um conjunto de setores. Acrescentou que o ZEE é um processo e não um produto e que se deve acreditar que o estado possa construir.

Ao finalizar a apresentação, o presidente da Codeplan, Lucio Rennó, parabenizou os autores pelo trabalho, pelo mapeamento de uma série de diretrizes, metas, que são bem-vindas, pensando o DF.

Entre os presentes, José Eduardo, da Casal Civil e Antônio Carlos Navarro, da Federação das Indústrias do DF.

Acesse aqui o estudo “Cenários de longo prazo para o DF no Zoneamento Ecológico-Econômico“.


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Reportagem: Eliane Menezes
Fotos: Toninho Leite

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