Governo do Distrito Federal
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9/04/21 às 15h45 - Atualizado em 9/04/21 às 15h54

Inflação no Distrito Federal – Março de 2021

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Distrito Federal tem inflação de 1,44% em março, refletindo alta da gasolina

 

A inflação segue em alta no Distrito Federal e, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou alta de 1,44% em março de 2021.  Isso fez com que o nível de preços da capital ficasse em segundo lugar entre as 16 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), atrás de Goiânia (+1,46%) e acima do percentual nacional para o mês (0,93%).

 

O aumento de preços na capital federal foi novamente puxado pela alta da Gasolina, que com um incremento de 12,03% em março de 2021 contribuiu com 0,92 ponto percentual (p.p.) para o índice geral e ajudou a explicar a forte influência do grupo de Transportes (+4,94% e contribuição de 1,11 p.p.). A Gasolina apresentou alta pelo quarto mês consecutivo no DF. Entre janeiro e março de 2021, o Distrito Federal registrou aumento de 28,96% na Gasolina e, em 12 meses, esse percentual é de 37,33%. A continua desvalorização do Real frente o Dólar e o avanço da cotação do barril do petróleo no mercado internacional, principais pontos avaliados pela Petrobras na hora de decidir o ajuste de preços na refinaria, embasam o comportamento dos preços dos combustíveis.

 

As categorias de Alimentação e Bebidas, Habitação, e Despesas pessoais apresentaram inflações de +1,16% (+0,19 p.p.), +1,16% (+0,15 p.p.) e +0,37% (+0,05 p.p.), respectivamente, e completam a lista de grupos com variação positiva do mês. Em compensação, a variação negativa dos preços de Comunicação (-0,29% e -0,02p.p.); Vestuário (-0,23% e -0,01 p.p.); Saúde e cuidados pessoais (-0,09% e -0,01p.p.); Educação (-0,07% e -0,01p.p.); e Artigos de residência (-0,43% e -0,01p.p.)  colaboraram para que a inflação de março não fosse ainda maior.

 

De uma forma geral, dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, apenas quatro registraram inflação, porém as magnitudes de suas variações foram mais significativas que as os cinco grupos que apresentaram deflação. Assim, o resultado foi de aumento de preços e uma inflação mais centralizada em termos de produtos que a observada no mês anterior. O índice, que é divulgado mensalmente, acompanha a variação dos preços de bens e serviços comprados pelo consumidor final e é o indicador oficial da inflação no país.

 

Pela primeira vez desde abril de 2020, o INPC (+1,38%) volta a ficar abaixo do percentual registrado pelo IPCA (+1,44%) na capital federal. Porém, entre as regiões pesquisadas pelo IBGE, o INPC do DF figura como a mais alta variação observada em março de 2021 e no acumulado do ano (+2,70%). Importante mencionar que o INPC captura a inflação para as famílias que recebem até cinco salários mínimos, enquanto o IPCA avalia aquelas com até 40 salários mínimos.

 

Detalhando o comportamento da inflação por faixas de renda, a Codeplan estima o aumento de preços para quatro diferentes grupos de renda do DF e mostra que os 25% mais ricos perceberam um incremento de preços de 1,66%, enquanto os 25% mais pobres esse valor de 1,03%. A centralização da pressão inflacionária na Gasolina explica, em parte, esse comportamento, uma vez que os indivíduos de renda mais baixa utilizam mais o transporte público para locomover-se e esse serviço manteve seus preços relativamente estáveis em março (+0,02%).

 

No acumulado em 12 meses, a inflação da capital federal mensurada tanto pelo IPCA (+6,19%) quanto pelo INPC (+7,00%) superaram o limite superior da meta de inflação estipulada pelo Banco Central para 2021 (5,25%). No Brasil, os percentuais foram de 6,10% e de 6,94%, respectivamente. Isso motivou um movimento de alta da taxa básica de juros, a Selic, a fim de refrear a perda de poder econômico da população brasileira.

 

A pesquisadora Jéssica Milker da Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan destaca que “O Distrito Federal vem registrando alta de preços desde junho de 2020. São dez altas consecutivas. Apenas em 2021, já acumula uma inflação de 2,70% pelo IPCA. A pressão está foca na Gasolina que, no ano, já aumentou 28,96% e, em 12 meses, 37,33%, refletindo os inúmeros reajustes feitos pela Petrobras nas refinarias. Porém, vemos que produtos essenciais como Alimentação e Bebidas, Serviços de saúde, Carnes, Gás de Botijão, entre tantos outros, também estão com elevada variação de preços e isso acaba reduzindo o montante do orçamento das famílias que pode ser utilizado para a aquisição de outros bens e serviços, principalmente daquelas de mais baixa renda. Por fim, a menor procura desestimula a atividade produtiva local e prejudica o crescimento econômico do DF.”

 

Acesse aqui a Transmissão da divulgação do IPCA no Youtube

Acesse aqui a Apresentação do IPCA

Acesse aqui o Boletim Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – março/2021

 

Reportagem:  Assessoria de Comunicação Social/Codeplan

Foto: Gabriel Jabur, Agência Brasília

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