Na última mesa do Seminário Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia, um setor fundamental para a economia brasileira foi discutido: a agricultura. O tema teve como mediador, Wilder Santos, Presidente da Ceasa-DF, e como debatedores José Gasquez, Coordenador do Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura; Elton Reis, Coordenador do curso de pós-graduação em Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Goiás (UEG) de Anápolis; e Alcido Wander, Chefe-Adjunto de Transferência de Tecnologia Arroz e Feijão da EMBRAPA de Goiânia.
José Gasquez destacou a relevância da agropecuária para o desempenho econômico brasileiro, onde o Centro-Oeste aparece com destaque. O Distrito Federal, mesmo com pouca extensão territorial, é um grande produtor de hortifrutigranjeiros. Historicamente o setor da agricultura é importante para o Brasil, mas desde a década de 80 que a produtividade vem aumentando consideravelmente. O crescimento veio a partir da estabilidade econômica conquistada em meados 1990. Hoje, a agricultura brasileira é destaque mundial, com alto nível de produtividade. Ainda há espaço para evolução.
Elton Reis abordou o assunto que, segundo ele, é a uma das principais alternativas para o desenvolvimento do setor agrícola no Brasil, a educação profissionalizante. Para Reis, qualificar a mão-de-obra é prioridade para um país de tamanho potencial no setor. Hoje, o Brasil é um dos líderes mundiais na formação de profissionais da área, mas podemos avançar mais.
O último debatedor, Alcido Wander, destacou que o agronegócio é importantíssimo para o desempenho do PIB brasileiro, além de ser um grande gerador de empregos diretos e indiretos. A exportação tem crescido e proporcionado um significativo aumento da economia. O Brasil possui uma grande área agriculturável e abundantes recursos naturais, fatores que possibilitam a alta produtividade. Entretanto, segundo Wander, ainda há margem para crescimento. O investimento em pesquisas agropecuárias para auxiliar a gestão é a principal alternativa para o desenvolvimento do setor, além do foco em mercados locais e melhoria nas práticas de manejo pelos profissionais da área.
Quando o debate foi aberto ao público, um empresário propôs que o Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia estabelecesse uma zona de livre comércio entre as regiões para baratear os custos de venda e aumentar a demanda da produção. Outros participantes ressaltaram a importância da parceria e a integração entre os gestores públicos na busca de estratégias de desenvolvimento.
Encerrando o evento, o presidente da Codeplan, Júlio Miragaya, enalteceu o Seminário afirmando que este é um marco para a gestão do Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia e reiterou o compromisso da Codeplan em levar adiante a missão de ser protagonista no desenvolvimento da região.
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Texto: Júlio Poloni
Foto: Mauro Moncaio
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