O contingente de desempregados, em maio, ficou em 299 mil pessoas, o equivalente a nove mil a mais do que em abril
A taxa de desemprego total registrou elevação de 18,9%, em maio, na comparação à de abril, que foi de 18,6%. Entre as cinco capitais pesquisadas, Brasília foi a segunda com maior taxa de desemprego, perdendo somente para Salvador. Foi o que apontou a Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal – PED, divulgada nesta tarde, (29), na Secretaria do Trabalho.
Segundo a coordenadora de Análise do Dieese, Adalgiza Lara Amaral, a taxa de desemprego aberto aumentou de 14,9% para 15,2%. Já o desemprego oculto passou de 3,6% para 3,7%, entre abril e maio, mantendo relativa estabilidade. Ela disse que existem duas definições para o desemprego oculto: a primeira é o trabalho precário – define as pessoas que realizam de forma irregular algum trabalho remunerado ou não e que procuraram efetivamente trabalho nos 30 dias anteriores à entrevista ou nos 12 últimos meses. Também estão na categoria de oculto o desalento as pessoas que não possuem trabalho nem procuraram nos últimos 30 dias e nos últimos 12 meses.
De acordo com a pesquisa, o contingente de desempregados, em maio, ficou em 299 mil pessoas, o equivalente a nove mil a mais do que em abril. O resultado foi em função do aumento insuficiente do número de ocupações: 11 mil ou 0,9% em relação ao de pessoas que passaram a fazer parte do mercado de trabalho da região: 20 mil ou 1,3%. “Setorialmente, esse resultado decorreu do aumento nos setores da Indústria de Transformação, 6,4% ou três mil, do Comércio, 2,6% ou 6 mil, de Serviços, 0,8% ou sete mil e da Administração pública, 1,1% ou dois mil. A Construção Civil, por sua vez, apresentou redução: menos 4,6% ou menos três mil”, pontuou Adalgiza.
Ela ressaltou que os índices de desemprego mais altos ocorreram nas regiões consideradas com maior poder aquisitivo, que é o Grupo 1 – passando de 7,1% para 7,4%, entre abril e maio de 2016. Para o Grupo 2 – região de renda intermediária – houve relativa estabilidade, de 15,5% para 15,7%. Para o Grupo 3, região de renda mais baixa, aumento de 22,3% para 22,8%.
De março para abril, o rendimento médio dos ocupados teve redução de 1,5%. Passou de R$ 2.877 para R$ 2.834. Com relação aos trabalhadores autônomos, definidos como os que exercem uma atividade profissional sem vínculo empregatício ou que prestam serviços de forma eventual e não habitual, foram os únicos que tiveram aumento médio real: elevou-se 5,6%.
No setor privado, Adalgiza afirmou que houve redução do assalariamento com carteira de trabalho assinada: menos 0,7% ou menos quatro mil e aumento dos sem carteira: 7,6% ou sete mil. Também registro de aumento no número de empregados domésticos: 3,9% ou três mil e relativa estabilidade no dos autônomos: 0,6% ou um mil. Já entre os classificados nas demais posições, elevação de 6,4% ou sete mil.
Estiveram presentes na divulgação, além da apresentadora da pesquisa, o secretário adjunto do Trabalho, Thiago Jarjour, que enfatizou os cursos de capacitação criados e ministrados pela Secretaria. Ele citou os cursos de capacitação que têm o objetivo de fomentar o emprego no DF. Reafirmou a ainda a criação do Prospera e lançamento do Fórum que reúne várias federações, entre elas a do Comércio, e o diretor de estudos de Pesquisas Socioeconômicas, Bruno de Oliveira Cruz, da Codeplan, que destacou alguns aspectos, entre eles, o aumento da informalidade e do emprego oculto, o diretor de Estudos Urbanos e Ambientais, Aldo Paviani, a economista Iraci Peixoto e economistas do Dieese.
A PED é uma parceria entre a Secretaria de Estado do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal, Codeplan, Dieese e Fundação Seade.
Veja os resultados aqui.
Reportagem: Eliane Menezes
Foto: Toninho Leite
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