Governo do Distrito Federal
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18/05/20 às 14h46 - Atualizado em 22/05/20 às 18h28

Pesquisa revela situação do emprego doméstico no Distrito Federal

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Dados mostram que no primeiro semestre de 2019, 13,3% das mulheres ocupadas no DF eram empregadas domésticas

 

O número de mulheres que trabalham no serviço doméstico cresceu no Distrito Federal. No primeiro semestre de 2015 havia 75 mil trabalhadoras neste setor, o que representava cerca de 12,2% das mulheres ocupadas na capital. No primeiro semestre de 2019, havia 83 mil empregadas domésticas, o que correspondia a 13,3% das mulheres com ocupação naquele período, um crescimento de 10,7 %, se considerado o período entre 2015 e 2019.

 

Os dados são do estudo “Evolução do trabalho doméstico na conjuntura recente do Distrito Federal”, que leva em consideração as condições de contratação e outras características do trabalho e das trabalhadoras. Este é um dos retratos revelados pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada em conjunto entre a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (CODEPLAN) e o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (DIEESE).

 

O gerente de Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Jusçanio Umbelino de Souza, avalia que o aumento do número de pessoas no trabalho doméstico é histórico, segundo os indicadores do mercado de trabalho, demonstrando uma situação nacional. “Na medida em que o mercado desaquece e dispensa trabalhadores, há uma migração para o trabalho doméstico”.

 

 

Em alguns períodos, como os primeiros semestres de 2015 e 2016 e entre 2017 e 2018 houve uma variação para baixo no números de empregadas domésticas, como mostra o gráfico.

 

Estimou-se em 69 mil trabalhadoras domésticas  no Distrito Federal, no primeiro semestre de 2016, havia 69 mil no DF. Em 2017, o número absoluto era de 10 mil trabalhadoras a mais, um decréscimo de 6 mil em relação ao mesmo semestre do ano anterior. Já no primeiro semestre de 2018, o percentual caiu, voltando a crescer em 2019.  Entre os primeiros semestres de 2016 e 2017 houve um aumento de 10 mil trabalhadoras nesse segmento.

 

Ao  analisar a forma de inserção ocupacional , se comparar entre o primeiro semestre de 2018 e 2019, observa-se que houve um aumento de 5,3% no total de domésticas mensalistas com carteira de trabalho assinada e de 14,3% no total de domésticas diaristas. Por outro lado, o número de domésticas mensalistas sem carteira de trabalho assinada reduziu 4,4%.

 

A coordenadora da pesquisa e economista do DieeseAdalgiza Amaral, revela que a situação atual do mercado de trabalho e renda das famílias contribui para o aumento de diaristas, uma forma de trabalho sem garantias trabalhistas. “A redução da renda familiar, o alto índice de desemprego, redução da renda do trabalhador, fizeram com que muitas famílias trocassem empregadas mensalistas por diaristas”.

 

Contratação

 

A formalidade também cresceu no emprego doméstico. Em 2015, 50,4%   eram mensalistas com carteira de trabalho assinada. Em 2019, esse índice subiu para 51,5%.

 

No mesmo período comparativo, a proporção de  mensalistas sem carteira

de trabalho assinada reduziu  de 19,7% para 12,9%. Já o percentual de domésticas diaristas saltou de 29,9% para 35,6%.

 

 

Trabalhadoras

 

No 1º semestre de 2019, a pesquisa aponta que 43,5% das trabalhadoras domésticas no Distrito Federal são as principais responsáveis pelo domicílio em que residem. Na comparação com o mesmo o período do ano anterior, essa proporção cresceu 2,4%.

 

Os dados também mostram que a escolaridade das empregadas domésticas aumentou. No primeiro semestre de 2018, 32% delas possuíam ensino médio completo. No mesmo semestre do ano seguinte, esse índice subiu para 35,7%. Entre o primeiro semestre de 2018 e 2019, a quantidade de mulheres entre 40 e 59 anos no serviço doméstico diminuiu, passando de 58,0% para 54,4%, embora ainda seja a faixa etária mais expressiva entre elas.

 

A Pesquisa de Emprego e Desemprego é realizada no Distrito Federal desde 1992, a partir de metodologia desenvolvida pelo Dieese e Fundação Seade/SP. Este ano, o DF é a única unidade da Federação que manteve a coleta de dados para medir obter um cenário do mercado de trabalho local, que será revelado até o final de maio.

 

Reportagem:  Assessoria de Comunicação Social –  ASCOM/Codeplan

Imagens:  Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas – DIEPS/Codeplan

Foto:  Toninho Tavares da Agência Brasília

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