Governo do Distrito Federal
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12/11/21 às 15h12 - Atualizado em 12/11/21 às 15h21

PIB: DF manteve oitava posição entre as maiores economias estaduais do Brasil em 2019

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Ao longo de 2019, o Produto Interno Bruto do Distrito Federal (PIB-DF) acumulou em valores correntes, R$ 273,614 bilhões, resultado que manteve a Capital na oitava posição entre as maiores economias estaduais do país desde o início da nova série, em 2010, no último Censo demográfico do IBGE, onde o mesmo verifica novas estruturas produtivas do país, estados e municípios. Em 2018, totalizou R$ 254,817 bilhões. A apresentação dos dados foi realizada nesta sexta, 12, pela Codeplan e o IBGE, no canal da Companhia no YouTube.

No intervalo de um ano, entre 2019 e 2018, o DF registrou variação positiva de 2,1% para o volume (variação real) do Produto Interno Bruto (PIB), ficando acima da média brasileira, de 1,2%. Quando comparado com anos anteriores, a economia local cresceu 1,7% em 2018/2017 e 0,3% em 2017/2016. A trajetória crescente do PIB-DF aponta para a recuperação da economia, mesmo em ritmo lento.

A melhora no cenário econômico se deu por conta da redução das taxas de juros básicos e da inflação da economia. Em 2019, a taxa real de crescimento do PIB-DF (2,1%) figurou na 10° posição entre todas as unidades federativas e, na Região Centro-Oeste, ficou atrás de Mato Grosso (4,1%) e de Goiás (2,2%).

Michella Reis, supervisora de disseminação de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística — IBGE, destaca: “o Distrito Federal também se manteve como a unidade da federação com o maior PIB per capita (divisão do PIB pela população) brasileiro, com mais de R$ 90 mil, 2,6 vezes maior do que a média nacional”.

A estrutura econômica distrital e a do Brasil são diversas. O perfil produtivo da Capital é pautado pela dinâmica do Setor de Serviços, com grande influência da atividade pública, o que confere ao DF certa estabilidade, tanto em períodos de crise quanto de progresso econômico. “As atividades que apresentaram os maiores crescimentos nesse ramo foram alojamento e alimentação, com 7,1%; arte, cultura, esporte e recreação, que apresentou 6,7% em crescimento; formação, comunicação, educação e saúde privada, bem como as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, com 3,9%”, afirma a supervisora Michella Reis. Os setores Agropecuário e Industrial possuem pequena representatividade, em termos relativos.

 

Ótica da produção

 

A ótica da produção indica a contribuição de cada atividade econômica no valor adicionado bruto da economia.

Na comparação 2019 e 2018, o PIB-DF, com valor corrente estimado em R$ 273,614 bilhões em 2019, composto por R$ 242,917 bilhões referentes ao valor adicionado bruto e R$ 30,687 bilhões aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios, apresentou variação positiva em volume, 2,1%.
O resultado do valor adicionado bruto é uma combinação do desempenho dos setores de serviço, agropecuário e industrial. O setor de Serviços cresceu 1,8% em volume, em relação ao ano anterior, o que representa 95,7% da estrutura produtiva, determinou a dinâmica anual da atividade econômica brasiliense. Já a Indústria, foi responsável por 3,9% da economia, evoluiu 4,1%. Se tratando da Agropecuária, a mesma avançou 1,2% no ano, mas pouco influenciou o índice geral, uma vez que responde por 0,4% do valor adicionado bruto total.

“O PIB do Distrito Federal cresceu pelo terceiro ano consecutivo e registrou expansão real de 2,1%, percentual acima do observado para o país (1,2%). O resultado é uma combinação do bom desempenho de todos os setores produtivos da capital. O setor de Serviços, que teve alta de 1,8%, ditou o ritmo de crescimento da capital por ter grande representatividade na economia distrital. Mas, foi a Indústria que percebeu a maior variação positiva, 4,1%, enquanto a Agropecuária avançou 1,2% no ano. A melhora da atividade produtiva se deu em um cenário de expectativas positivas para a economia, no qual a queda da taxa de juros e a manutenção de um baixo nível de inflação fomentaram os principais setores do DF. Assim, o DF permaneceu como a oitava maior economia e o maior PIB per capita do país.”, explica Jéssica Milker, gerente de contas e estudos setoriais da Codeplan.

 

Ótica de renda

 

A Conta de geração da renda mostra como o valor adicionado é apropriado pelo fator trabalho, pelo governo (impostos sobre a produção) ou se transforma em excedente operacional das empresas ou rendimento misto das famílias produtoras.

A remuneração dos empregados é definida como o total das remunerações, em dinheiro ou em espécie (bens e serviços), pagas por uma empresa a um empregado em troca do trabalho realizado por este durante um período contábil (System of National Accounts- SNA 2008). E divide-se em salários e contribuições sociais.

Na Capital, em 2019, a remuneração dos empregados atingiu R$ 151,899 bilhões, composta por R$ 116,701 bilhões referentes aos salários e R$ 35,197 bilhões às contribuições sociais. A participação relativa no Produto Interno Bruto (R$ 273,614 bilhões) diminuiu, entre 2018 e 2019, de 58,3% para 55,5%, sendo deste último 42,7% relativo aos salários. No Brasil, o percentual da remuneração caiu levemente; passou a representar 43,5% do PIB nacional; destes, 34,4% eram de salários. Em 2018, a participação das remunerações era de 43,6% e dos salários de 34,6% do PIB brasileiro.

A elevada participação da remuneração do trabalho no PIB-DF é explicada, em parte, pela significativa participação da administração pública na economia local, com grande contingente de servidores assalariados.

 

O PIB

 

O Produto Interno Bruto é o principal indicador para análise de desempenho econômico de uma região ou país. Representa a soma de bens e serviços finais produzidos durante determinado período de tempo, permitindo mensurar a renda gerada na economia pelos diversos agentes produtores.

 

 

Confira a publicação na íntegra e a apresentação.

 

Assista aqui a análise dos resultados ao vivo.

 

 

Matéria: Caio Matos e Kaszenlem Rocha, supervisão de Renata Nandes

 

Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

 

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