Entre os vários elementos que impendem o alavancamento da inovação estão a crise de legitimidade, restrições orçamentárias e o pacote federativo de políticas públicas
Inovação no Setor Público foi o tema abordado nesta tarde (1º/11), na Codeplan, por Guilherme Alberto Almeida, diretor de Inovação da Escola Nacional da Administração Pública (ENAP) e membro da carreira de especialização em políticas públicas e gestão governamental do Ministério do Planejamento.
Lucio Rennó, presidente da Codeplan, ao criar o Quintas Codeplan – espaço de debate, de compartilhamento de ideias, lembrou que o primeiro convidado para o projeto foi um palestrante da ENAP e, hoje, fecha também o ano, com um convidado da mesma Escola para ministrar a palestra sobre inovação no setor público.
Assim, para falar sobre inovação no setor público, Guilherme Almeida primeiramente passeou pelos séculos XIX, XX, chegando ao XXI para mostrar a burocracia presente nesses períodos. “As coisas podem mudar. Só não sabemos quando, porque vivemos tempos incertos, complexos, ambíguos”. O palestrante apontou alguns fatores que contribuem para impactar outros de forma sistêmica, pois a tecnologia está presente em tudo. Disse que são tempos novos, demandas e novos usos e viver esse contexto é motivo de alegria.
Segundo Guilherme Almeida, entre os vários elementos que impendem o alavancamento da inovação estão a crise de legitimidade, restrições orçamentárias e o pacote federativo. “E para ultrapassar essas barreiras, é preciso mudar a cultura no serviço público, resgatar o propósito e ver o que dá para fazer”, pontuou. Também destacou que a primeira revolução a ser feita é a utilização de dados para se ter conhecimento. Ter eficiência, fazer a coisa acontecer de forma rápida e alcançar o outro lado, ou seja, a participação de todos e o foco no cidadão são ingredientes fundamentais para rodar a engrenagem, na opinião do gestor.
Para o palestrante é por meio da capacitação como um processo permanente que se deve buscar caminhos, adaptação de abordagens e redefinições dessas abordagens. Ele falou sobre a narrativa que se deve ter, de maneira explícita, questionar modos tradicionais, desenvolver metodologia, transformar serviços e usar a colaboração para troca de ideias.
Ao concluir, Guilherme Almeida refletiu sobre o lado positivo de se experimentar o erro, verificando-o de forma rápida e a custo baixo. Por último, ele citou a ENAP que trabalha com a prospecção, convites a palestrantes para troca de conhecimentos. “No setor público, há muita inovação, mas estão fazendo de modo equivocado, de forma individual quando deveriam usar a forma colaborativa”, acrescentou Almeida.
Reportagem: Eliane Menezes, da Codeplan
Fotos: Toninho Leite, da Codeplan
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